sexta-feira, 2 de março de 2012

Trovas

DEVANEIOS

I

Estou iniciando aqui postagens de trovas, poesias, pensamentos, letras de músicas de antigamente, década de 1950 e início de 60, que estão escritos à mão em um caderno do tempo da minha adolescência. Faço isto para não perder, pois o caderno está muito velho e cheirando a mofo. Quem sabe algum dia uma das netas ou neto, ou bisnetos descubram isto e conheçam uma fase da minha vida; uma era romântica, pois hoje já não existe mais isso. Por certo acharão que é bobeira, mas para mim e tantos da minha geração era  romantismo, uma forma de se expressar ingênua e pura...

Esta minha dor infinda,
não posso mais suportar!
E falem, depois, ainda
que é sublime a dor de amar
Luiz Otávio

Se ouvires dizer que morro
não tenhas pena meu bem,
que a morte de um infeliz
não causa pena a ninguém.
Trova popular

Sou como o trevo humilhado,
não ergo os olhos do chão;
deste amor inconfessado
que trago no coração.
Elisio de Vasconcelos

Vejo na alma, a todo instante,
teu vulto indeciso e vago...
Tal como a estrela distante,
no fundo de um grande lago.
Silvia C. de Campos

Deste meu infinito sofrer
Já não sei a quem devo acusar.
Se ao muito que sei te querer,
Se ao pouco que sabes me amar!
M. de Santilema

Amar!...mas de um amor imensurável, forte.
Amor que toque os céus e desafie a morte!

Quanta gente há que não pode
dormindo, o sonho sentir;
eu mergulhado em saudade, sonho e não posso dormir!
Adriano Carlos

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