domingo, 24 de maio de 2015

ARTISTA

Poesia escrita no meu álbum  pela amiga Maria Aparecida Galis, em 30/12/59

"Num teatro magestoso
Neste mundo mentiroso
Sob uma cena entrevista,
Sob a luz dos refletores
Em perfume de mil flores,
Tive um sonho de artista.

Eu sonhei um sonho lindo
Que você estava sorrindo
Neste quadro encantador,
Vi você, você me viu,
O destino então surgiu
Acreditando no amor.

Num cenário de desejos
Toda de horas de beijos,
Toda de felicidade,
Nós dormimos para a vida,
Nesta paixão incontida
Longe da realidade!

Horas felizes passamos,
Porém quando despertamos
Nossa representação,
Nós choramos nosso engano
Ao ver abaixar o pano
Da nossa desilusão."

 Cida Galis - Bela Vista do Paraíso

domingo, 17 de maio de 2015

AMOR em prosa e verso

 


Vou transcrever, aqui, no blog mensagens que amigas e amigos do meu tempo de colégio escreveram num álbum de recordações, para que durem pra sempre. Começo pela mensagem de quem presenteou-me com o álbum, meu eterno namorado Jota Oliveira, esposo, amigo e companheiro de mais de 55 anos.

Adélia
"O amor repousa no fundo das almas puras como uma gota de orvalho no cálice de uma flor"; e minha alma, mil vezes maculada, colibri sedento do sublime néctar da vida, procura absolvê-lo no rico manancial de sua castidade e purificar-se em comunhão com a sua!

Aceite este humilde álbum de gratas recordações como único símbolo do final deste ano em que nos conhecemos para o amor.
Perenes felicidades, querida.

Ibiporã, 16/12/59
José O. Santos

"Porque não veio o esquecimento
Tudo na vida passa:
A inquitude, a esperança, o desalento,
A dor de recordar um funesto momento
Que, no nosso destino, amargas sombras traça...

Tudo, no mundo, a gente esquece:
O ódio que alguém inspirou,
A melancolia de um por-de-sol,
A ternura mansa de uma prece,
A própria angústia, que parece,
Às vezes, não ter fim...

A vida é feita assim:
De doces resignações, de esquecimentos,
De renúncias, de sofrimentos
Cicatrizados pelo tempo...

Não sei porque não a esqueci,
Em tantos dias de separação!
Meu intranquilo coração
Ainda pensa em você,
Ainda espera, ainda a vê
Na saudade e no enlêvo do passado...

Minha suave esperança inatingida,
Você é a minha vida,
E a vida não se esquece..."

Sim, Adélia, a vida não se esquece e é por isso que jamais a olvidarei!
José (Jota)



O ideal e o real


O ideal e o real

Quando somos jovens, temos muitos ideais. Sonhamos com um futuro feliz, onde não haverá tristezas nem dores.
Muitos lutam para conseguir alcançar o sonho, porém diante das circunstâncias da vida, acabam se conformando e aceitam viver uma realidade que, mesmo não sendo a ideal, pelo menos traz-lhe algumas compensações.
Em se tratando de relacionamento entre casal, a coisa é mais complicada ainda, porque as pessoas não se revelam totalmente umas às outras antes do casamento. Entra-se numa relação, sonhando que aquele homem ou aquela mulher é o seu ideal, alguém que possui só qualidades e nenhum defeito; mas, à medida que o tempo vai passando, a pessoa percebe que a realidade não é bem aquela que ela sonhou. Aí, ou separa ou fica com aquele alguém que ela amou e que não correspondeu às suas espectativas de um ser ideal. Dessa relação pode surgir um relacionamento duradouro e feliz, se ambos se suportarem, isto é, um terá que aceitar as limitações do outro, ou a relação se acaba, como em muitos casos onde um ou outro acaba arrumando um novo parceiro, e investindo em um novo relacionamento, sempre em busca do seu ideal.
Quando se trata de pais e filhos, a coisa fica mais complicada. Os pais sonham com o filho ou filha perfeitos, mas isso não existe. Cada um de nós nasce com uma personalidade própria. Se o filho tiver um caráter bom e se os pais souberem educar, aquela criança tornar-se-á uma pessoa boa. Mas, se o caráter for mau, será muito difícil mudar. Por isso, às vezes, vemos, numa família de vários irmãos, um que sai diferente dos outros. Sobre essa pessoa, diz-se "é um mau caráter".
No trabalho, em grupos de igreja ou outros, às vezes nos deparamos com determinadas realidades em que temos de interagir por força do cargo que exercemos para corrigir comportamentos que não são ideais. O que fazer? Trabalhar o problema, de forma a moldá-lo, com paciência e determinação; o nosso exemplo ou testemunho de vida é o que conta mais, a fim de se obter algum resultado.
Por essas e outras é que se torna difícil conseguir o ideal.

Adélia

terça-feira, 21 de abril de 2015

INSÔNIA

"Vem chegando a madrugada oi, o sereno vem caindo, cai, cai, sereno devagar, que o meu amor está dormindo..."
Mas para mim o sono não vem. Deito-me, tento dormir, me reviro na cama e nada, não consigo. Não há motivo aparente, apenas sinto dor quando deitada. Sofro de um problema de degeneração do nervo ciático na perna esquerda, e a dor se manifesta no pé e na panturrilha. É uma dor horrível, principalmente, quando faço algum esforço maior, como ficar muito em pé ou sentada, agachar, ajoelhar, ficar em pé parada ao fazer comida ou lavar a louça. Não sei mais a que médico ir, o que fazer. Já tomei vários medicamentos receitados para esse problema, tais como ETNA, VELIJA, LYRICA, eles amenizam um pouco a dor, mas não passa de todo. Essa doença não tem cura. Fiquei com esse problema após uma crise de hérnia de disco em 2013. Fiz cirurgia para liberar o nervo com a retirada da hérnia mas ele, o nervo, já estava lesado. Se não tivesse feito a cirurgia corria o risco de ficar paralítica. Meu neurocirurgião disse que tenho que aprender a conviver com esse problema, mas está sendo difícil. Resolvi mudar de neurologista. Este me pediu um eletroencéfalograma para ver o grau de ansiedade. Fiz o exame, deu que sou ansiosa, isso eu já sabia. Ele me receitou AMYTRIL 25mg, tomar metade do comprimido. Comecei hoje o tratamento. Deitei-me às 22 horas, até agora, 1h30, não tenho sono. Interessante, que, sentada aqui em frente ao computador, escrevendo, não sinto dores. Será porque esta atividade me distrai? Talvez. Acho que vou arrumar um emprego de digitadora na madrugada, quem sabe o sono chega de manhãzinha.
"Deixa dormir em paz, que uma noite não é nada, não acorde o meu amor, sereno da madrugada..."